Este es un espacio para todos los que reconocen la importancia que tiene la lengua española hoy en día y desean aprimorarse. Aquí el estudiante podrá aprender y practicar siempre... Independiente del nivel de estudio que esté.
¿Quieres aprender español de manera interesante y divertida? Entonces, sólo lo que debes hacer es agregarse a nosotros.
Hablemos español, ¿vale?
¡Bienvenido!
(Este blog es mantenido por profesores y estudiantes de español lengua extranjera - ELE
)

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Fútbol

[© 2011 by TDC inFlux - DL]

Como nós estamos em pleno Brasileirão e também às vésperas da Copa América, decidimos hoje dar uma dica em espanhol para os fãs do futebol. Abaixo você encontrará algumas expressões que podem ser usadas para conversar basicamente com alguém sobre o assunto. Portanto, anote-as em seu caderno de vocabulário e pratique sempre que puder.

Talvez, uma das primeiras perguntas que você deve aprender é essa "¿de qué equipo eres hincha?", literalmente podemos traduzir assim "você é torcedor de que time?". Mas, embora seja compreensível, nós não falamos assim. Portanto, a melhor tradução é, sem dúvidas, "pra que time você torce?" (é assim que falamos com mais frequência em português). Em todo caso, você agora saber que "torcedor" em espanhol é "hincha". Já anote aí também que "hinchada" é "torcida": "a la hinchada le gustó" (a torcida gostou).

Para falar sobre o placar, a pergunta inicial é "¿como está el marcador?" (como está o placar?) ou ainda "¿quién está ganando?" (quem está ganhando?). Algumas das possíveis respostas podem ser as seguintes:
  • Está ... a ... para el Palmeiras. (Está ... a ... para o Palmeiras.)
  • Mientras tanto está empatado. (Por enquanto está empatado.)
  • Nosotros estamos perdendo. (Nós estamos perdendo.)
Se você não assistir ao jogo, poderá perguntar "¿como fue el partido?" (como foi o jogo?). A outra pessoa poderá dizer "¡Te perdiste un juego bueníssimo!" (você perdeu um ótimo jogo!). Outras coisas que podem surgir na conversa são:
  • El equipo jugó muy bien. (O time jogou muito bem.)
  • El jugador salió bajo silvido. (O jogador saiu vaiado.)
  • El arquero salvó el juego. | El portero salvó el juego. (O goleiro salvou o jogo.)
  • El jugador fue expulsado. (O jogador foi expulso.)
  • Nadie esperaba que ganáramos. (Ninguém esperava que ganhássemos.)
  • Nadie esperaba que perdíeramos. (Ninguém esperava que perdêssemos.)
  • El árbitro le mostró la tarjeta roja | amarilla. (O juiz deu cartão vermelho|amarelo.)
  • Ganaron en los penales. | Ganaron en los panaltys. (Ganharam nos pênaltis.)
Um dos momentos mais emocionantes no futebol é quando a bola bate na trave. Caso você tenha de dizer isso a alguém é só falar "la pelota pegó en el palo" ou "la pelota pegó en la madera".

Enfim, há muita coisa para ser dita; no entanto, essas aí já o ajudarão a se virar bem na situação. Por fim, minha pergunta final é "¿Tú juegas al fútbol?" (você joga futebol?). Se quiser responder é só deixar um comentário clicando aqui. ¡Hasta pronto!

domingo, 5 de junho de 2011

Estude Espanhol


Não é só indo para aulas e prestando atenção ao professor que você aprenderá a língua espanhola. É preciso dedicação, envolvimento, motivação e tudo mais para que você fale espanhol fluentemente e seja capaz de se comunicar bem com as pessoas. Pensando nisso, nós hoje queremos compartilhar 5 dicas essenciais que se colocadas em prática você desenvolverá o seu espanhol de modo ainda mais rápido. Então, vamos a elas!
  1. Sempre que puder pratique o espanhol que você aprende em sala de aula. Ou seja, nunca deixe para depois. Não tenha vergonha de errar ou trocar palavras. Você está aprendendo, portanto deverá arriscar a usar a língua para ganhar confiança cada vez mais. Decorar as todas as regras gramaticais da língua e os termos técnicos usados para falar sobre ela não são sinais de que você falará a língua. Para realmente falar a língua, você deverá falar. Portanto, arrisque-se. Perca o medo e abra a boca! 
  2. Ler em voz alta é uma forma de você desenvolver sua pronúncia e também suas habilidades de ouvir a língua. Quando estiver preparando as lições da inFlux, tenha o costume de ler as sentenças, os diálogos ou mesmo os textos em voz alta. Isso ajudará no desenvolvimento da sua fluência também. Portanto, aproveite a oportunidade e faça isso sempre. 
  3. Seja paciente ao longo do aprendizado. Você não aprenderá espanhol de uma hora para outra. Não deixe que isso tire sua motivação. Você aprenderá no seu ritmo. Às vezes poderá esquecer coisas que já aprendeu. Para que tudo ande de acordo com o esperado, uma dica é você revisar constantemente o conteúdo das lições anteriores. O fato de você já ter estudado algo não significa que já sabe tudo sobre o assunto da lição. Portanto, tire um tempinho para revisar conteúdo de aulas passadas. 
  4. Aprender uma língua leva tempo. Muitas pessoas desistem ao longo da caminhada. Geralmente, essa desistência ocorre porque as pessoas não percebem o desenvolvimento que gostariam de ver. Aí culpam o método, a escola, o professor, a língua difícil, etc. Raramente as pessoas param para analisar a si mesma. Ou seja, será que elas estão sendo consistentes no aprendizado? Estão dedicando tempo em casa para estudar um pouco? Os especialistas dizem que 30 minutinhos por dia é o bastante para o cérebro ir se acostumando com a língua. Ser firme e dedicado nos estudos depende muito mais do aluno do que qualquer outra pessoa. Portanto, seja consistente. Planeje-se e veja os resultados ao longo do tempo. 
  5. Um dos maiores erros de quem estuda uma língua estrangeira - seja espanhol ou inglês - é a mania de querer ser perfeito. Tudo o que começamos a aprender, começamos devagar e aos poucos vamos melhorando. Por exemplo, você não se tornou um excelente motorista após a sua primeira aula. Mesmo depois de várias aulas, você não se sentia um exímio motorista. Levou tempo! Em espanhol será a mesma coisa. Você cometerá erros, mas não tenha medo ou vergonha disso. Você está aprendendo! Isso é o que importa!
Essas são nossas 05 dicas para você que está estudando espanhol. Caso queira mais dicas, converse com seu professor. Peça por mais orientações de como você pode melhorar cada vez mais e mais. Veja o que a escola oferece de extras para você: atividades, livros, revistas, etc. Tire proveito de tudo; pois, o desenvolvimento na língua depende muito do seu interesse e vontade de aprender também.
 

sábado, 4 de junho de 2011

Borges por Williamson

por Maurício Santoro


“Todo escritor respeitável deveria ter um biógrafo inglês”, observou García Márquez. Edwin Williamson, que leciona literatura na Universidade de Oxford, ilustra o princípio. Sua estupenda biografia do escritor argentino Jorge Luís Borges mostra um autor apaixonado e engajado politicamente, muito distinto do retrato habitual do homem perdido entre bibliotecas, labirintos, tigres e espelhos.
Borges teve longa vida (1899-1986), mas só conquistou fama internacional na velhice. Williamson divide sua produção artística em três etapas: a primeira é marcada pelo nacionalismo cultural e pelos vínculos com as vanguardas europeias; a segunda caracteriza-se pelo ceticismo e pessimismo, com forte influência de Franz Kafka; a terceira é de certo retorno da paixão juvenil. Em todas, Borges destacou-se por romper com a visão de que a arte deveria ser espelho da realidade, considerando-a como um mundo em si mesma e elaborando gêneros considerados inferiores, como romance policial, de aventuras, fantasia e ficção científica.
O escritor nasceu em Buenos Aires, em família de herois da Independência – seus dois avôs foram coronéis nas guerras contra a Espanha – mas que perdeu poder e prestígio para a nova elite dos estancieiros. A mãe de Borges, Leonor, era obecada em restaurar a grandeza de seus antepassados e esperava que o filho fosse o instrumento dessa vingança social. O pai, Jorge, era um literato frustrado, boêmio que ensaiou rebeliões contra a ordem vigente, e sonhava que o herdeiro completasse o que começou. Borges foi sempre dividido entre esses opostos,  situação que Williamson chama de “dilema entre espada e punhal”, no qual “ambos eram reações ao mesmo medo: o de ser desprezado, de perder o senso de identidade, de não ser ninguém.”
“Se eu tivesse que indicar o evento principal da minha vida, diria que é a biblioteca de meu pai”, escreveu Borges. Embora o filho não se destacasse nos estudos – era demasiado tímido, gago e míope, intimidado pelas outras crianças e nunca terminou o ensino médio – foi desde cedo um leitor voraz. Por sete anos a família viveu na Europa, principalmente na Suíça, onde o pai foi fazer um tratamento de saúde por conta da catarata que lhe tirava a visão. A estadia europeia coincidiu com a eclosão da I Guerra Mundial e o jovem Borges fez várias amizades nos círculos de vanguarda artística. De volta a Buenos Aires, tornou-se por algum tempo o líder de um grupo semelhante na capital argentina, defendendo nacionalismo cultural e identidade própria ao país, rejeitando visões de “submeter-se a ser quase norte-americano ou quase europeu, sempre quase outro”. Fundou revistas, publicou poemas e ensaios. Parecia no curso de uma brilhante carreira literária, mas seus problemas emocionais o lançaram em depressão e quase no suicídio.
Borges era infeliz e arredio com as mulheres. Uma iniciação sexual fracassada com uma prostituta em Genebra o traumatizou por anos. Em Buenos Aires, viveu uma sucessão de romances desastrosos, em especial com sua prima Norah Lange, beldade ruiva que ascendia como escritora e o trocou por um rival na literatura, Oliverio Girondo. O caso com Norah não era conhecido em detalhes, mas Williamson levantou dados importantes. Ela inspirou obras clássicas de Borges, como os dois “English Poems” e o conto “O Aleph”. Além dela, outras paixões fulminantes foram com Haydée Lange (irmã de Norah) e com a escritora e militante comunista Estela Canto.
O rompimento com Norah, em 1929, deixou Borges 14 anos sem escrever poesia, e seu estilo de prosa passou a ser mais sombrio, como nos magníficos contos reunidos em Ficções. A política também contou. O jovem escritor era ativista da União Cívica Radical, que propunha reformas contra a oligarquia que dominava a Argentina e foi afastado do poder após o golpe militar de 1930, que introduziu a “década infame”, de governos conservadores apoiados nas Forças Armadas e nas fraudes eleitorais. Borges se rebelou contra essas práticas, defendendo a democracia e envolvendo-se até em brigas de rua. Em 1943 houve outro golpe, que culminou na ascensão do coronel Juan Domingo Perón. Borges o via como versão local dos tiranos fascistas e não reconhecia suas importantes políticas sociais. Nos anos 50, apoiou a ditadura que depôs Perón, acreditando que a democracia era inviável na Argentina. Data dessa época o conto “Ragnarok”, no qual multidão invade a universidade deixando rastro de destruição apocalíptica.
Borges teve apenas empregos em horário parcial como jornalista e tradutor até completar 40 anos, quando seu pai morreu, e obteve então modesto posto como bibliotecário. Os peronistas tentaram transferi-lo para a função de fiscal de aves no mercado municipal, mas ele demitiu-se em protesto. Após a queda de Perón, foi nomeado diretor da Biblioteca Nacional e professor de literatura na Universidade de Buenos Aires. Começou um período tranquilo em sua vida, apesar do rápido avanço da perda de visão: “Eu me deixo viver, para que Borges possa tramar sua literatura, e essa literatura me justifica.” Sua rotina era dominada pela mãe, que o chamava de “menino” e os dois eram às vezes confundidos com marido e mulher.
O ponto de virada foi 1961, quando ganhou o International Publishers´ Prize. Foi o início da fama global, virando ícone cultural citado pela Nouvelle Vague e Rolling Stones. A ironia é que Borges estava em seu período mais conservador, dizendo que a democracia era “uma superstição” e elogiando as ditaduras militares na Argentina e no Chile. É provável que isso tenha lhe custado a chance de receber o Nobel de Literatura, mas “Borges achava que era vergonhoso esconder suas crenças políticas para ganhar um prêmio.”
O que mudou sua vida, novamente, foi o amor. Em 1967 ele teve breve casamento com Elsa Astete, viúva com quem tivera flerte na juventude. Dona de casa na província de Buenos Aires, sentiu-se deslocada no ambiente de intelectuais cosmopolitas do marido. Borges começou uma nova, longa e surpreendemente bem-sucedida relação com María Kodama, quarenta anos mais jovem do que ele e sua aluna na universidade. Kodama às vezes desperta reações tão fortes como as de Yoko Ono, mas Williamson lhe traça retrato simpático, afirmando que foi fundamental para dar afeto e serenidade na década e meia que passou ao lado de Borges. Nesse período ele apazigou muitos dos seus fantasmas e retomou a militância política, desta vez defendendo a democracia e criticando a ditadura militar argentina e a guerra das Malvinas. Ao ser diagnosticado com câncer terminal, optou por ir morrer na Suíça, em elogio à tolerância que caracteriza a cidade de Genebra.

::: Borges: Uma vida ::: Edwin Williamson (trad. Pedro Maia Soares) :::
::: Cia. das Letras, 2011, 664 páginas