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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Julieta Venegas: Musa Internacional

Julieta é sucesso internacional que o Brasil não conhece 

Falar de artistas da América Latina no Brasil é tarefa complicada, em especial porque a gente mal considera fazer parte dela. É como se existissem duas Américas Latinas distintas: a que abranje nós brasileiros que falamos a língua portuguesa, e o resto. Essa exclusão e/ou negação se manifesta das mais diversas formas e preconceitos. Na música, isso reflete num mercado fechado onde as pessoas podem até conhecer as bandas “latinas”, mas que dificilmente se converte em vendas significativas ou mídia. É preciso primeiro fazer sucesso em escala global para conseguir colocar uma música em espanhol em nossas rádios comerciais, como é o caso da Shakira na atualidade, e do Julio Iglesias há alguns anos. Em geral, para ter visibilidade e, quem sabe, virar moda, o caminho mais fácil é ter a música vinculada a algum programa de TV. Foi o que possibilitou o fenômeno Menudo nos anos 80 e é o que sustentou a RBD até pouco tempo.
Comentar qualquer coisa a respeito de Julieta Venegas é fogo. A maioria das pessoas te olha com cara de interrogação ao mencionar o seu nome. E mesmo depois de você “rezar a missa”, elas continuam com cara de interrogação. Mas isso tem melhorado. Agora quando você fala nela, alguns poucos já dizem: “é aquela moça que cantou com o Lenine no acústico?”. Que venham os fogos de artifício! Quem sabe esse não seja um ponto de partida para a entrada de Julieta em nosso mercado. Não seria difícil e só traria coisas boas porque se trata de um trabalho de muita qualidade.
Boa parte dos brasileiros já a ouviu de algum modo. O programa Fantástico, da Rede Globo, coloca com freqüência pequenos trechos de sua música para servir de trilha das reportagens, em especial as de comportamento. Sei que isso não é muito elucidativo, mas é um exemplo de que, ao mesmo tempo em que seu nome é ainda desconhecido para a grande massa, há sim pequenos grupos que gostam e se tornaram fãs. Alguns deles ainda se dispõem a fazer um trabalho de divulgação a passos de formiga usando os meios que lhes cabem. Daí vem as vinhetinhas na TV, as rádios comunitárias, a divulgação boca a boca, e as matérias nos fanzines.
Sem mais delongas, vamos partir para a missa. Isso aqui é um texto de apresentação que, espero, possa despertar o interesse para o trabalho dessa cantora fantástica.
O título da matéria a trata como musa internacional, o que de fato ela é em vários sentidos. Julieta nasceu em solo estadunidense, mas é mexicana que cresceu e foi criada em Tijuana. Estudou piano e sabe tocar diversos outros instrumentos, inclusive acordeom, que tem presença marcante em sua música. Antes de partir para a carreira solo, teve passagens no teatro e foi integrante de duas bandas: Tijuana No e Lula. A primeira era de ska/reggae que ficou conhecida pelo cunho político em suas canções. Julieta participou da primeira formação, mas já estava de fora quando o primeiro disco foi lançado. Depois de fazer parte de dezenas de projetos, em 1996 ela assinou contrato com a BMG e no ano seguinte lançou o seu primeiro solo, Aquí. O tempo que trabalhou o disco foi importante para a entrada no mercado europeu, na América Latina que fala espanhol e nos Estados Unidos. Ela também abocanhou seus primeiros prêmios de artista revelação e de interpretação feminina. Na verdade, o que eles viram - e nós não - foi o desenvolvimento de uma cantora pop diferenciada e não descartável, cuja música prima muito pela melodia e que gosta de brincar com sonoridades diferentes. É possível identificar inclusive alguma brasilidade em certas faixas do disco. É só ouvir a música Como Se para sentir um cheirinho de MPB.
Ao passo que segundo disco, Bueninvento, consolidou a carreira de Julieta, foi com o que ela foi alçada ao “primeiro time” de artistas latinos, embalada pela boa venda de discos, elogios da crítica, e seu primeiro Grammy Latino de Rock Vocal (!). E vale destacar nesse terceiro trabalho os megahits Lento, Andar Conmigo e Algo está Cambiando. As duas primeiras são mesmo especiais e, de certo, já eternizadas como parte da história da música pop latina. É bom acrescentar que boa parte dos brasileiros conheceu Julieta a partir desse disco.
O mais recente trabalho de Julieta Venegas é o Limón y Sal, outro sucesso que é disco de ouro e platina em vários países como Estados Unidos, Espanha e Argentina. É também responsável pelo segundo Grammy Latino da cantora, mas dessa vez na categoria de melhor álbum pop. Há vários hits nesse disco, sendo que o maior deles é a adorável Me Voy. Julieta Venegas, em suas canções, roupas e nas cores fortes presentes em boa parte dos projetos visuais que envolve o nome dela, passa um clima e uma sensação que remete a obra de Frida Kahlo (mas sem bigode e monocelha). Frida é um dos maiores ícones da cultura mexicana por causa de uma história de vida incrível, mas, sobretudo, por uma obra artística singular, forte e vibrante. A música de Julieta Venegas também é singular, forte, vibrante e cheia de cores. É algo que fazendo o seu gosto ou não, vai te marcar de alguma forma. Não é isso que distingue os grandes dos demais?


Origem: Overmundo

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